domingo, 10 de fevereiro de 2013

Preservação da paisagem cultural

          A proteção de bens materiais foi uma das primeiras ações realizadas e aceitas como forma de preservar o patrimônio histórico e cultural dos povos. São prédios, monumentos, utensílios e um grande número de bens fisicamente reconhecidos e que trazem fragmentos da história universal. Mais recentemente, os bens imateriais começaram a receber proteção institucional. São exemplos o ofício das Baianas de Acarajé, que corre o risco de ser impedido de se realizar nas cercanias do estádio em que estão previstos os jogos da Copa (!), o toque dos sinos de Minas Gerais,  Roda de Capoeira, entre outros. Já a preservação da paisagem cultural é algo ainda mais inovador em termos de proteção do Estado e até mesmo da sociedade. Aqui, em Porto Alegre, quem tem se debruçado sobre essa questão é a Dra. Ana Maria Marchesan, promotora do Meio Ambiente do RS. Ela defende que, se o entorno do bem protegido não for preservado, a própria proteção do bem tutelado - no caso de bens materiais - está seriamente comprometida. Deve ser preservada o que a promotora denomina de ambiência, com suas características construtivas, ambientais e culturais. Assim, a preservação da paisagem  vem crescendo  em importância dentro da luta pela preservação do patrimônio cultural, bem como pela existência de cidades mais humanas. Amanhã, haverá uma mobilização em nossa vizinha Buenos Aires, precisamente pedindo a proteção de sua paisagem cultural, seriamente ameaçada pela implantação de uma linha de metro (evento chamado no facebook, no link abaixo).




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